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A virgindade de Maria

 
Foi, de fato, concebido do Espírito Santo no útero da virgem mãe, que o deu à luz, permanecendo intacta a sua virgindade, assim como com intacta virgindade o concebeu..." (DH 291)
Dando continuidade ao estudo acerca das duas características de Maria: Virgem e Mãe, tem-se que, para os Santos Padres, o fato de Jesus Cristo ter sido concebido do Espírito Santo, isto é, sem semêm, "[é um] sinal de que foi verdadeiramente o Filho de Deus que veio numa humanidade como a nossa" (496).
Para a Igreja, Maria permanece real e perpetuamente virgem, mesmo durante o parto de Jesus. Virgem antes, durante e depois do parto. Esta é a fé da Igreja. A Carta "Lectis dilectionis tuae", de São Leão Magno ao bispo Flaviano de Constantinopla, em 13 de junho de 449, diz que:
"O mesmo sempiterno unigênito do Genitor sempiterno 'nasceu do Espírito Santo e de Maria virgem'. Este nascimento temporal em nada diminuiu-lhe o nascimento divino e sempiterno, nem nada lhe acrescentou; mas ee se dedicou todo a recuperar o homem, que tinha sido enganado, com o fim de vencer a morte e de destruir com a sua força o diabo, que tinha o domínio da morte. De fato, não poderíamos vencer o autor do pecado e da morte, se não assumíssemos a nossa natureza e a fizesse sua aquele que nem o pecado pôde contaminar, nem a morte deter.
Foi, de fato, concebido do Espírito Santo no útero da virgem mãe, que o deu à luz, permanecendo intacta a sua virgindade, assim como com intacta virgindade o concebeu..." (DH 291)
"Gerado, mas num novo nascimento: porque a virgindade inviolada ignorou a concupiscência e subministrou a matéria da carne. Da mãe do Senhor foi assumida a natureza, mas não a culpa; e no Senhor Jesus Cristo nascido do seio da Virgem a natureza não é diferente da nossa por ser admirável o seu nascimento." (DH 294)
Acerca do mesmo tema, em 03 de fevereiro de 557, tem-se a Carta "Humani generis", ao rei Hildeberto I, que diz:
"Creio e professo, pois, que, desta Trindade santa e beatíssima e consubstancial, uma pessoa, isto é, o Filho de Deus, desceu dos céus para a salvação do gênero humano nos últimos tempos, sem deixar a sede do Pai e o governo do mundo; e logo que o Espírito Santo veio do céu na bem-aventurada virgem Maria e a força do Altíssimo a cobriu com sua sombra, este mesmo Verbo e Filho de Deus entrou suavemente no útero da mesma santa virgem Maria e, da carne dela, uniu a si uma carne animada por alma racional e intelectiva; não que antes tivesse sido criada a carne e depois o Filho de Deus tivesse sobrevindo, mas, como está escrito 'construindo a Sabedoria para si uma casa', imediatamente a carne do útero da Virgem se fez a carne do Verbo de Deus e, portanto, o Verbo e o Filho de Deus se fez homem sem nenhuma mudança ou tranformação da natureza do Verbo e da carne, um só em ambas as naturezas, isto é, na e divina e na humana; e assim, Jesus Cristo procedeu, isto é, nasceu verdadeiro Deus e, o mesmo, verdadeiro homem, conservada a integridade da virgindade materna, pois ela o gerou permanecendo virgem assim como virgem o havia concebido. Pelo que professamos de maneira veracíssima a mesma bem-aventurada virgem Maria genitora de Deus, pois ela gerou o Verbo de Deus encarnado." (DH 442)
O Sínodo de Toledo, iniciado em 02 de maio de 693, afirmou que:
"Daí, mesmo sendo inseoaráveis as obras da Trindade, todavia segundo a fé proclamamos... que não a inteira Trindade assumiu a carne, mas só o Filho de Deus, que antes dos tempos foi gerado da substância de Deus Pai e ao fim dos tempos nasceu da Virgem Maria, segundo o testemunho do Evangelho que diz: 'O Verbo se fez carne e habitou entre nós'... O oráculo do anjo, dizendo que o Espírito Santo virá sobre ela e anunciando que o poder do Altíssimo, que é o Filho de Deus Pai, a cobriria com sua sombra, mostrou que a trindade inteira coopera com a carne do Filho. De fato, como a virgem antes da concepção conservou o pudor da virgindade, assim depois do nascimento a sua integridade não sofreu corrupção; pois como virgem concebeu, como virgem deu à luz e depois do nascimento conservou, sem que nada se subtraísse o pudor da incorrupção..." (DH 571)
Sendo assim, como explicar que os Evangelhos falam de 'irmãos de Jesus'? O Catecismo esclarece que: "a Igreja sempre entendeu que essas passagens não designam outros filhos da Virgem Maria: com efeito, Tiago e José, 'irmãos de Jesus", são os filhos de uma Maria discípula de Cristo que significativamente é designada como 'a outra Maria'. Trata-se de parentes próximos de Jesus, consoante uma expressão conhecida do Antigo Testamento." (500)
A propósito da maternidade virginal de Maria no desígnío de Deus, o Catecismo apresenta o verdadeiro método de se fazer teologia, ou seja, primeiro se deve crer e somente depois é que se deve buscar as razões. Nesse viés, primeiro é preciso acreditar que Maria foi Virgem e Mãe, para somente depois tentar raciocinar nas razões de Deus teve para querer assim. O Catecismo elencou quatro razões - não para provar a virgindade de Maria, mas apenas para mostrar a racionalidade dessa:
  1. Maria e Jesus são a Nova Eva e o Novo Adão, ou seja, a virgindade e a maternidade significam um novo início;
  2. O nascimento de Jesus significa o novo nascimento que todos devem ter, todos são chamados a nascer do alto;
  3. Maria concebeu Jesus mais por causa de sua fé do que por causa da sua cooperação carnal;
  4. Maria, Virgem e Mãe, é a figura perfeita da Igreja.
É por tudo isso que a Igreja Católica com muita veneração e amor, em uníssono, diz:
Ave Maria, gratia plena, dominus tecum,
benedicta tu in mulieribus 
et benedictus fructus ventris tui, Jesus.
Sancta Maria, mater Dei,
ora pro nobis peccatoribus,
nunc et in hora mortis nostrae.
Amen.

 

Fonte da Notícia: Padre Paulo Ricardo - CIC Publicado: 15/07/2016
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